Importantes transformações nas relações de trabalho e de uso do solo urbano da cidade de Salvador estão ocorrendo sob a perspectiva de uma sociedade em rede, que vem concentrando esforços em torno de serviços avançados, geradores de conhecimento e informações nos meios binários. Alguns se destacam com certa primazia, a exemplo dos serviços bancários e outros sucumbem ante a força das inovações tecnológicas. Tais acontecimentos não são produzidos aleatoriamente. Forças históricas internas e externas à cidade modelam o espaço de forma propícia à reprodução do capital. Novas centralidades são criadas no arranjo urbano, dentro desse processo capitalista, outras são confirmadas e outras declinam. O espaço no caso específico de Salvador é, portanto o lugar de encontro de forças sociais correlatas e antagônicas, que o fragmentam numa escala espacial “territorial” e o segregam na escala do cidadão.