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Navegando Pós-Graduação por Assunto "Barragem"

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    Debaixo d’água: a inundação da comunidade quilombola de Riacho das Pedras, Rio de Contas-Bahia
    (2021-12-22) Barbosa, Antônio Cláudio
    A pesquisa que realizamos está relacionada à construção da Barragem Luiz Vieira em 1983, no município de Rio de Contas Bahia, que inundou a Comunidade Quilombola de Riacho das Pedras, e provocou sérios danos às outras duas comunidades, Barra e Bananal. As comunidades de Barra e Bananal sofreram mudanças graves, pois o rio que ali passava foi desviado alagando as mais férteis terras dessas comunidades. Já Riacho das Pedras teve menos sorte e foi extinta, encoberta quase por completo pelo espelho d’agua da barragem ficando algumas partes fora d’agua. Mas não havendo condições plausíveis de habitação, os moradores foram forçados a deixar seus territórios ancestrais para tentar a sorte em localidades próximas na periferia de Rio de Contas e até lugares mais distantes como o Estado de São Paulo. Objetivamos analisar o processo da construção da Barragem relacionado esta construção ao Racismo entranhado na estrutura deste país. Realizamos uma pesquisa Qualitativa com base em História Oral, contudo, muito nos dedicamos à análise de documental. Entrevistas Semiestruturadas foram realizadas com moradores das Comunidades afetadas sendo Quilombolas ou não, as entrevistas não foram feitas com crianças. É reluzente o descaso do órgão responsável pela obra, o DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra as Secas) que prometeu às comunidades uma série de melhorias e que por certo não foram realizadas, como quadras esportivas, posto de saúde, obras de saneamento básico, dentre outras. Terras alagadas, vidas espalhadas divididas, a memória sufocada em baixo d’água. Este descaso envolve seres humanos, a fauna e a flora e ainda aspectos culturais deste povo que vive naquele território há séculos, em nosso entendimento está lastreado na estrutura racista que existe e prepondera em nosso país, daí uma das razões para fazermos esta pesquisa.
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    Sequência didática para o ensino médio: Debaixo D’água: A Inundação da Comunidade Quilombola de Riacho das Pedras, Rio de Conta - Bahia
    (2021-12-22) Barbosa, Antônio Cláudio
    Apresentaremos uma Sequência Didática a partir da Construção da Barragem Luiz Vieira em Rio de Contas, Bahia. Essa construção afetou negativamente duas Comunidades Quilombolas, Barra e Bananal que dependiam do Rio, que foi desviado e destruiu uma outra Comunidade, Riacho das Pedras. A construção desta barragem é marca do progresso de nosso país, mas a forma como se deu é de causar estranheza. Dentro desta atmosfera de gente sendo remanejada, indenizações mal distribuídas, territórios ancestrais sendo alagados e tradições ameaçadas que desenvolvemos a Sequência Didática, tendo esse enleio como foco principal e com desdobramentos diferentes. Numa primeira possibilidade a ideia é despertar os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio da cidade de Rio de Contas para a compreensão e análise do processo da construção de Barragem Luiz Vieira e os impactos causados às Comunidades Quilombolas de Barra e Bananal bem como a destruição de Riacho das Pedras. A barragem foi construída e a população foi remanejada de forma lamentável, nos levando a questionar se foi apenas um erro ou racismo já estruturado em nossos órgãos públicos e no próprio Estado. A segunda possibilidade de estudo terá um foco no aspecto cultural, onde os estudantes terão contato com causos e histórias do Povo de Quilombo, suas danças e tradições religiosas, para recriarem em sala de aula utilizando a contação de histórias, a dramatização ou a produção de desenhos com o material recolhido nas entrevistas. A terceira possibilidade segue com a interdisciplinaridade, os estudantes terão a oportunidade de vislumbrarem os acontecimentos locais como o uso da água da barragem para irrigação das plantações de manga e maracujá, numa esfera global, tendo contato com os conhecimentos históricos e geográficos. Partindo então da Ideia central que é a Construção da Barragem e a possibilidade do racismo ter permeado esse processo pode-se chegar a mais duas possibilidades, uma envolvendo tradições do Povo de Quilombo e a última envolvendo o conhecimento da esfera local e global nas áreas de História e Geografia.