Pós-Graduação
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Pós-Graduação por Assunto "Ancestralidade"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemO ARTEAR DE SI E DO OUTRO: LUGARES DE MEMÓRIA COMO PRÁTICA COLABORATIVA DE EDUCAÇÃO(2021) SÁ, EDICARLA CORREIA DEA presente pesquisa tem por objeto o Museu Quilombola da Comunidade de Cazumba, que está localizada na zona rural do município de Senhor do Bonfim-BA. Temos por objetivo geral: analisar como um museu construído pela comunidade quilombola de Cazumba, um lugar de memória, pode servir como instrumento colaborativo de educação. O percurso foi motivado em buscar subsídios documentais para fundamentar a caracterização do locus de pesquisa; historicizar como se deu a implantação deste museu quilombola na comunidade de Cazumba, em Senhor do Bonfim-BA; perceber as relações que são estabelecidas na comunidade para analisar atividades educativas colaborativas ligadas ao museu quilombola; construir espaço de divulgação do lugar de memória, o museu, suas histórias tomando novos espaços. Os devires da pesquisa em educação sempre são imprevisíveis, nos trouxeram categorias que inicialmente não foram traçadas como palavras-chaves de estudo, cujas quais, reciprocidade e ancestralidade, que nos levaram a utilizar o recurso da fotografia para construção do museu virtual – desdobramento da pesquisa/produto. Pudemos perceber como a filosofia ancestral transpassa os saberes da comunidade, raízes fundantes para a concretização de práticas colaborativas em educação, de pedagogias como práticas para a liberdade. Caminhamos guiados pelos olhares paradigmáticos Interpretativistas. Um estudo de caso que empresta para nós a experiência da Análise documental e assim aprofundar nossos conhecimentos sobre a memória e vida da comunidade de Cazumba. A atividade utilizada para construção dos dados foi a Árvore dos Sonhos, um recurso freiriano adaptado para a educação, utilizado comumente para ações extensionistas em atividades socioambientais. Buscamos a Análise de conteúdo para aprofundarmos sobre as produções construídas colaborativamente nas atividades realizadas. Este relatório em formato de dissertação, completa-se em sete capítulos, desde a introdução às considerações finais, como principais autores utilizamos: Nora (1993), Munanga (2002), Freire (1967, 1987, 1981, 1996), bell hooks, (2017), Yin (2015), Sauborin (1999), Berth (2019), entre outros.
- ItemPRETAGOGIA QUILOMBOLA NAS PRÁTICAS ESCOLARES DO/NO QUILOMBO DO RODEADOURO (JUAZEIRO, BAHIA)(2022) NINA RAMOS, CLÁUDIAOs processos de dominação e opressão advindos da modernidade/colonialidade restringiram o modelo de escolarização à perspectiva eurocêntrica, em detrimento da composição de vida das comunidades quilombolas, cujas temporalidades sociais, culturais e históricas são perpassadas pela ancestralidade. No contexto de promoção de uma educação antirracista, a educação escolar quilombola tem um papel central, mas para que tenha efetividade em seus propósitos, há necessidade de articulação com a docência quilombola, ou seja, com as práticas educativas que constituem a tradição e a cultura identitária das comunidades pretas. Essa docência está fundada na ancestralidade, cujos principípios são a oralidade e a circularidade, se fazendo presente pelas manifestações culturais, pela memória e pelo compartilhamento comunitário de base territorial, em uma educação para e pela vida. Como tal docência pode contribuir para a constituição de práticas escolares de enfrentamento da colonialidade no contexto da educação escolar quilombola? Esta é a pergunta diretriz desta pesquisa, que teve como lócus uma escola municipal de educação básica situada no Quilombo do Rodeadouro, na área rural do município de Juazerio (Bahia). O objetivo foi compreender a contribuição da docência quilombola na constituição de práticas escolares de enfrentamento da colonialidade, pela oralidade de matriz africana de suas lideranças (neste caso, com ênfase em Dona Ovídia Izabel de Sena). Sua docência contribui para fissurar os muros escolares, na permeabilidade e nas mútuas relações escola-comunidade, tão importantes na educação escolar quilombola. Pautada nos princípios da Pretagogia, a pesquisa contou, além da fala de Dona Ovídia, com a realização de vivências online, na forma rodas de conversa (como proposta de intervenção), com professoras da escola, tendo como objetivo repercutir a docência quilombola e ativar memórias ancestrais. Na circularidade da roda de conversa, as vivências foram momentos de compartrilhamento e de fortalecimento de práticas escolares que tenham como base a oralidade e os conhecimentos culturalmente construídos na vivência comunitária, constituindo-se assim como caminhos de enfrentamento da colonialidade na forma de uma educação antirracista e contextualizada.