Bacharelado em História - DCH4
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Navegando Bacharelado em História - DCH4 por Assunto "1932"
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- ItemO cotidiano, memórias e resistências das "Viúvas da seca" de 1932, no município de Miguel Calmon - Bahia.(2014) Santos, Andreia Miranda Almeida dosNeste trabalho, analiso o cotidiano e as memórias das mulheres, em particular das “viúvas da seca” de 1932, no município de Miguel Calmon e região, localizado no Piemonte da Chapada Diamantina. As descobertas apontadas reforçam a superação do gênero feminino, que, diante de um cenário marcado pela tragédia e flagelo, exerceu relevante papel para preservação de sua prole. A fundamentação da pesquisa está estruturada a partir de levantamento de dados e informações obtidos prioritariamente de fontes orais, como entrevistas com descendentes e viúvas da seca de 1932, para tanto utilizei o método da micro história, e do estudo da memória coletiva das sertanejas através da análise de relatos de suas lembranças. Valeu-se ainda de fontes documentais encontradas no Arquivo Público e na Biblioteca de Jacobina. Concernente ao assunto, recorri a pressupostos teóricos de dezenas de autores consagrados pela Academia bem como a autores regionais. Em geral, a pesquisa discute o modo de vida dos flagelados da seca, sua saga, criatividade e resistência para enfrentar os efeitos destrutivos da estiagem de 1932, características que respondem pela própria formação da identidade do sertanejo. Neste cenário de crise, destaco o papel desenvolvido pelas mulheres, sobretudo as viúvas, no tocante à assunção de responsabilidades típicas dos chefes de famílias. Vale ressaltar que a seca vitimou dezenas de pessoas acometidas por doenças indiretamente em decorrência da fome e da falta de imunidade orgânica. Nessa pesquisa estudamos que as “viúvas da seca” eram obrigadas a trabalhar na roça uma vez que as frentes de trabalho oferecidas pelo governo Federal e Municipal eram inapropriadas para elas.