O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade TDAH, é uma alteração do neurodesenvolvimento, que apresenta impactos significativos na vida social, pessoal e acadêmica do indivíduo, devido a disfunções no funcionamento das funções executivas que estão associadas ao córtex pré-frontal responsáveis pela regulação de comportamento, emoção, habilidades cognitivas. Conforme apontado pelo Ministério da Saúde a prevalência de crianças com TDAH no Brasil é de entre 6 a 17 anos é de 7,6%, no contexto escolar em relação à disciplina de ciências, que tem uma demanda maior de atenção e concentração para aprender os conceitos científicos e experimental, os prejuízos são significativos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com essa condição. Diante disso, objetivo geral desse estudo foi compreender os desafios enfrentados pelos professores na educação de estudantes com TDAH na disciplina de Ciências. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário semiestruturado contendo 16 questões, para coleta de dados, com uma amostra de 8 docentes, todos graduados pela Universidade do Estado da Bahia - Campus IV – Barreiras no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Os resultados apontaram uma lacuna significativa na formação inicial dos professores, e a falta de formação continuada voltada para educação inclusiva, como o TDAH. O estudo também indicou a urgência de que as instituições educacionais se adaptem para oferecer suporte adequado aos professores, como a disponibilização de recursos didáticos especializados e a inclusão de profissionais, como psicopedagogos, na equipe pedagógica, que podem desempenhar um papel vital no apoio tanto aos alunos quanto aos educadores. O estudo destacou a importância de um ensino de Ciências mais inclusivo e bem informado, ressaltando que a educação de qualidade para alunos com TDAH depende de uma compreensão profunda de suas necessidades específicas e de estratégias de ensino adaptadas, que levem em conta as suas particularidades e dificuldades.