Ao longo da história da Educação Escolar Indígena no Brasil, povos de diferentes etnias, travaram grandes lutas para que seus direitos sejam reconhecidos e assegurados por Lei. Sendo alavancada, a partir da Constituição de 1988, momento em que os saberes particulares dos povos indígenas foram valorizados, bem como seus métodos tradicionais de transmissão de conhecimento. O presente estudo objetivou analisar se há consonância entre o ensino de Ciências e os saberes da cultura indígena Tuxá no Colégio Estadual Indígena Marechal Rondon, localizado no Assentamento da Aldeia Tuxá, Fazenda Morrinhos, no Município de Ibotirama-BA. Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário semi-estruturado como o instrumento principal para o levantamento de dados por amostragem, cuja população alvo foram os professores e o diretor do colégio supracitado, no período de novembro a dezembro de 2019, contendo perguntas abertas. Irrefutavelmente constatou-se que toda equipe escolar é composta por índios; a escola comporta em seu quadro, 30 alunos residentes de uma comunidade quilombola vizinha; os livros didáticos não se diferenciavam dos livros utilizados na educação formal do município de Ibotirama, os professores junto com a comunidade inserem no contexto escolar projetos e materiais didáticos construídos para resgate de sua cultura local. Diante das respostas do questionário, foi notório que a escola ainda necessita de recursos para atender devidamente aos alunos. Ainda com as dificuldades, a escola busca recursos próprios como materiais didáticos e atividades práticas culturais para suprir as necessidades de sua realidade.